Homem-morcego surgiu no ano de 1939. O seu criador, Bob Kane, teve sua inspiração baseada nas histórias de detetive, no herói mascarado de capa e espada "Zorro" e no genial Leonardo da Vinci.
A primeira história foi lida numa revista chamada "Detective Comic Magazine", localizada nos Estados Unidos, no dia 18 de maio, numa época considerada "A Era de Ouro dos Quadrinhos".
Nessa época, havia uma emoção incrível pelos heróis dos quadrinhos, que brilhavam em tiras publicadas nas páginas e nos jornais - e também em revistinhas autônomas, que eram lidas por crianças e adultos.
Batman dividia as preferências com outros heróis, como o espacial Flash Gordon contra o terrível Ming, o mágico Mandrake e o homem de aço que veio de Kripton, chamado Super-Homem.
As crianças adoravam e se divertiam com os heróis de papel - e viviam brincando de heróis de gibi. Os adultos viam nesses heróis uma boa maneira de esquecer um pouco do mundo e da vida.
Uma nova emoção a cada aventura do justiceiro mascarado, nas noites de Ghotam City.
Adam West (Batman), tinha pretensões a astro, mas só conseguia papéis secundários em filmes classe B e séries de tv. Em 1964, interpretou o papel principal do curioso filme de ficção científica "Robinson Crusoé em Marte", mas foi sua atuação como James Bond, em três comerciais para a Nestlé, que chamou a atenção de Dozier. West conta que, inicialmente, ficou apavorado, pois pretendia fazer carreira séria, mas, depois, começou a se animar em interpretar o personagem, cujas as revistas lia quando criança.
Burt Ward (Robin) tinha 27 anos e estudava teatro quando surgiu a oportunidade de fazer um teste para um projeto ultra-secreto da Twentieth Century Fox. Ao contrário de Adam West, nunca havia ouvido falar de Batman ou Robin, e não teve a mínima idéia, ao realizar o teste, de que papel era aquele que o obrigaria a vestir uma ridícula roupa amarela e vermelha. Ward foi contratado pelo piso salarial do Screen Actors Guild, - 350 dólares semanais. De todo o elenco, era o ator mais mal pago; ganhando menos até mesmo que o pessoal da equipe técnica.
A série estreou em 12 de janeiro de 1966, tornando-se imediatamente monstruoso sucesso e desencadeando a primeira grande batmania americana. A moda, no entanto, passou como fogo em palha, e a série não resistiu a uma terceira temporada, nem mesmo com a inclusão do "sex appeal" de Ivonne Craig (Batgirl).
Contrariamente aos desconhecidos Adam West (Batman) e Burt Ward (Robin), os vilões eram muitas vezes vividos por famosos atores do cinema. Caso do Pinguim (burgess Meredith) e do Coringa (Cesar Romero).
Nascido em Cleveland, em 1908, Burgess Meredith (Pinguim) foi casado com a atriz Paulette Godard e estrelou vários filmes nas décadas de 30, 40, 50, 60 e 70. Participou de alguns episódios do seriado Twilight Zone (Além da Imaginação) de Rod Serling.
Por esse motivo, os letreiros de Batman, ao invés de anunciar o "ator especialmente convidado", satiricamente chamavam o "vilão especialmente convidado". Outros vilões como o Charada (Frank Gorshin) e a Mulher Gato (Lee Meriwheter) não tinham a mesma fama de Meredith e Romero , mas sem dúvidas suas participações eram fundamentais para o sucesso da série. Havia ainda um time "menor de vilões menos conhecido como o Cabeça de Ovo (Vicent Price), Rei Tut (Vitor Buono).
Bat-móvel, um espetacular carro, de fundamental importância nas aventuras de combate ao crime. Era um chevrolet "rabo-de-peixe" adaptado, turbinado e que expelia fogo pela escapamento, quando ligado. Movido por baterias atômicas, alcançava velocidades altíssimas, bastando para isso, que se acelerasse a velocidade da filmagem. Em raras oportunidades apareciam também a bat-lancha e o bat-cóptero, negros e com o logotipo do morcego pintado em amarelo.
